HandBall

Handebol é uma modalidade desportiva criada pelo alemão Karl Schelenz, em 1919 — embora se baseasse em outros desportos praticados desde fins do século XIX, na Europa setentrional e no Uruguai. O jogo inicialmente era praticado na relva em um campo similar ao do futebol com dimensões entre 90m a 110m de comprimento e entre 55m a 65m de largura, a área de baliza (gol em português do Brasil) com raio de 13m, a baliza com 7,32 m de largura por 2,44 m de altura (a mesma usada no futebol), e era disputado por duas equipas de onze jogadores cada, sendo a bola semelhante à usada na versão de sete jogadores. Hoje em dia a maioria dos jogadores pratica apenas o handebol de sete.


Atualmente o handebol do Brasil está em ascensão mesmo nunca tendo conseguido uma medalha olímpica; o esporte já é largamente praticado nas escolas,já que acontece um aproveitamento em larga escala das quadras de futebol de salão para o handebol.

História

Atribui-se a invenção do handebol ao professor Karl Schelenz, da Escola Normal de Educação Física de Berlim, durante a Primeira Guerra Mundial. No início, o handebol era praticado apenas por moças e as primeiras partidas foram realizadas nos arredores de Berlim. Os campos tinham 40 x 20 m, e eram ao ar livre. Pouco depois, em campos de dimensões maiores, o desporto passou a ser praticado por homens e logo se espalhou por toda a Europa.

Em 1927, foi criada a Federação Internacional de Handebol Amador (FIHA), porém, em 1946, durante o congresso de Copenhaga, os suecos oficializaram o seu handebol de salão para apenas 7 jogadores por equipe, passando a FIHA a denominar-se Federação Internacional de Handebol (FIH), e o jogo de 11 jogadores passou para segundo plano.

Em 1933 foi criada a federação alemã que, três anos depois, introduzia o handebol nos Jogos Olímpicos de Berlim. Em 1954, a FIH contava com 25 nações. No dia 26 de fevereiro de 1940, foi fundada, em São Paulo, a Federação Paulista de Handebol, mas o desporto já era praticado no Brasil desde 1930. Até 1950, a sede da FIH era na Suécia. Transferiu-se no ano seguinte para a Suíça.

A primeira vez que o handebol foi disputado em Jogos Olímpicos foi em 1936, depois foi retirado e voltou em 1972, já na sua nova versão (de 5 jogadores) e em 1976 o handebol feminino também passou a fazer parte dos Jogos Olímpicos.


Regras

A bola

Terá que ser de couro. A duração de cada tempo "neste caso são duas" é de 30 minutos, com um intervalo de 10 minutos. Uma equipe é composta de 6 jogadores de campo e um guarda-redes.

Manejo de bola

É Permitido: Lançar, parar e pegar a bola, não importa de que maneira, com ajuda das mãos, braços, cabeça, tronco, coxa e joelhos (menos os pés). Segurar a bola durante o máximo de 3 segundos mesmo se ela está no chão. Fazer o máximo de 3 passos com a bola na mão. Conduzir ou manejar a bola com os pés não é permitido.

Comportamento com o adversário

Utilizar os braços ou as mãos para se apoderar da bola. É permitido tirar a bola da mão do adversário, com a mão aberta, não importa de que lado e bloquear o caminho do adversário com o corpo. É PROIBIDO arrancar a bola do adversário com uma ou com duas mãos, assim como bater com o punho na bola que o mesmo tem nas mãos.

Área do gol

Somente o guarda redes pode permanecer na área de gol. O adversário que entra nessa área é punido com um remate livre. Os jogadores que invadirem as áreas de gol, depois de ter lançado a bola, estarao sujeitos a uma punição.

Lancamento da lateral

O lancamento da lateral é ordenado, desde que a bola tenha transposto completamente a linha lateral. E tem que ser cobrado com um pé sobre a linha lateral da quadra e outro fora. Pode-se passar ou até mesmo marcar golo.

Tiro de meta

O tiro de meta é ordenado nos seguintes casos: quando antes de ultrapassar a linha de fundo, a bola tenha sido tocada, em último lugar, por um jogador da equipe atacante ou pelo goleiro da equipe defensora, estando este dentro de sua área de gol.

Canto

O canto é ordenado desde que a bola tocada pela equipe defensora ultrapasse a linha de fundo. O lance é executado no ponto de interseção da linha de fundo e a linha lateral.

Tiro Livre

É ordenado tiro livre nos seguintes casos: entrada ou saída irregular de um jogador, lance de saída irregular, manejo irregular da bola, comportamento incorreto com o adversário, execução ou conduta irregular no lance livre e no lance de sete metros; conduta antidesportiva.

Lance de 7m

Esse lance é ordenado com uma falta grave sobre o adversário.

Bola ao ar

A bola ao ar é marcada quando, mantida a bola dentro da quadra e fora das áreas do goleiro, ocorrer: falta simultânea de jogadores das duas equipes; interrupção do jogo por qualquer razão, sem infração às regras.

Os árbitros

O jogo é dirigido por dois árbitros assistidos por um secretário e um cronometrista.


Os fundamentos do handebol

São movimentos fundamentais do handebol que são executados segundo um determinado gesto técnico que é a forma "correta" de execução de um movimento específico, descrito biomecanicamente. Por exemplo: O gesto técnico do passe de ombro no handebol - é a execução desse tipo de passe com o menor desperdício de energia, com a maior rapidez e velocidade, portanto com maior eficácia.

A seguir descreveremos os diversos fundamentos do handebol.

Empunhadura - é a forma de segurar a bola de handebol com uma das mãos. A mesma deve ser segurada com as falanges distais dos cinco dedos abertos e com a palma da mão em uma posição ligeiramente côncava.

Observações: os dedos devem abarcar a maior superfície possível da bola, os dedos devem exercer uma certa força (pressão) na bola para que ela esteja bem segura. Sendo que a pressão exercida pelos dedos polegar e mínimo é muito importante para o êxito da empunhadura.

Recepção - Deve ser feita sempre com as duas mãos paralelas e ligeiramente côncavas voltadas para frente. Recentemente os atletas utilizam-se comumente também da recepção com uma das mãos. Então, apesar da literatura específica sobre o método parcial haver considerado esse uso habitual recente como um erro, a prática atual e sua eficiência em diversas situações têm nos dado os elementos necessários para indicarmos o ensino e treinamento da recepção com uma das mãos como um elemento necessário para o jogo de handebol. A recepção pode ser classificada em: alta, média e baixa dependendo da altura que a bola seja recepcionada.

Passes - São movimentos que permitem a bola ir de um jogador a outro, desta forma ele necessita sempre da interdependência de no mínimo duas pessoas. Os tipos de passes podem ser classificados da seguinte maneira:

  • Passes acima do ombro: podem ser realizados em função da trajetória da bola para frente ou oblíquo, sendo que ambos podem ser: retificado ou bombeado.

  • Passes em pronação: lateral e para trás.

  • Passes por de trás da cabeça: lateral e diagonal.

  • Passes por de trás do corpo: lateral e diagonal.

  • Passe para trás: na altura da cabeça com extensão do pulso.

  • Passe quicado: quando a bola toca o solo uma vez antes de ser recepcionado pelo companheiro, nesse tipo de passe a bola é atirada ao solo em trajetória diagonal.

Greco & Ribas (1998) apresentam o passe em trajetória parabólica.

Nem todos os passes acima descritos foram apresentados pela literatura específica do método parcial do ensino do handebol. A literatura apresentava até meados de 1990 apenas os seguintes tipos de passes no handebol: acima do ombro, por trás da cabeça - sem as classificações em função de trajetórias, por trás do corpo - também sem as classificações em função de trajetórias e o passes quicado. A respeito do passe de ombro, a literatura não incluía os passes retificado e bombeado como uma variação do passe de ombro.

Arremesso - É um fundamento realizado sempre em direção ao gol. A maioria dos arremessos pode ser denominada "de ombro" e seguem basicamente a mesma descrição de movimento a seguir - a bola deve ser empunhada, palma da mão voltada para frente, cotovelo ligeiramente acima da linha do ombro, a bola deve ser levada na linha posterior a da cabeça e no momento do arremesso ser empurrada para frente com um movimento de rotação do úmero.

Os arremessos podem ser classificados em função da forma de execução:

  • Com apoio - significa que um dos pés do arremessador ou ambos esteja(m) em contato com o solo.

  • Em suspensão - significa que no momento do arremesso não há apoio de nenhum tipo do arremessador com o solo.

  • Com queda - significa que após a bola ter deixado a mão do arremessador, o mesmo realiza uma queda, normalmente a mesma se dá dentro da área adversária e de frente - arremesso bastante comum entre os pivôs e eventualmente entre os pontas.

  • Com rolamento - significa que após a bola ter deixado a mão do arremessador, o mesmo realiza um rolamento, na maioria das vezes um rolamento de ombro. Este tipo de arremesso é mais comum entre os pontas4 e eventualmente por pivôs. 5

Drible - É o movimento de bater na bola contra o solo com uma das mãos estando o jogador parado ou em movimento.

Ritmo Trifásico - (conhecido entre os atletas como "3 passadas") é considerado pela literatura específica do método parcial como um fundamento onde o jogador dá três passos à frente e em direção a meta adversária com a posse da bola.

Duplo Ritmo Trifásico - (conhecido entre os atletas como "dupla passada") é considerado pela literatura específica do método parcial como um fundamento onde o jogador dá "sete" passos com a posse da bola, sendo obrigatoriamente realizados à frente, da seguinte forma: os três primeiros passos são dados com a posse da bola imediatamente após ter recebido a mesma, e simultaneamente na execução do quarto passo o jogador terá que quicar a bola no solo uma vez, tornar a empunhá-la e dar mais três passos com a bola dominada. Ao final do sétimo passo ele terá obrigatoriamente que passar ou arremessar a bola. A literatura indica que o primeiro passo deverá ser executado com a perna contrária ao braço que realizará o arremesso.

T.P.V: Violência contra o Homessexuais

"O Brasil é país onde mais se mata homossexuais no mundo todo", diz o antropólogo e militante gay Luiz Mott em seu novo livro, nos informa artigo veiculado pelo UOL Educação; a própria presença do artigo no site de "educação", encabeçado pelo título "Vergonha" já é sintomática ---especialmente para o internauta que não se limita a ler o título e a chamada ("Brasil é líder em homofobia; religião alimenta o preconceito") da matéria, exercitar-se no seu obrigatório lip service de 30 segundos de indignação, resmungando, "que país é esse?!", e voltar ao site da "Casa dos Artistas", bem menos repetitivo que o discurso habitual de Mott e congêneres ----sim, se o internauta dá-se ao trabalho de ler a reportagem, a julgar pelo que leu e somente por isso, não saberá com certeza ---ele sempre poderá, é claro, fiar-se na palavra do Mott ou do repórter sem nome e assim encerrar o assunto ---se à nossa marca de 132 assassinatos de homossexuais/ano pode mesmo ser imputada como causa a tal homofobia em que o Brasil é campeão mundial (1). A própria definição "crime de ódio", que nossos militantes importaram dos EUA, deveria ser usada com um pouco mais de parcimônia: afinal, quem sabe o que vai na cabeça do outro? Será que em todos esses crimes o perpetrador lavrou em cartório declarações de ódio aos gays, ou dedicou-se a um breve cerimonial de profissão de fé em ódio tal antes de matá-los?

Quais foram, falando nisso, os países pesquisados? Incluíram-se na pesquisa países onde impera o fundamentalismo islâmico, ou ditaduras totalitárias como Cuba? Se sim, será que o fato de neles a perseguição a homossexuais ser institucionalizada, e o homossexualismo em vários deles visto como crime passível de sanções legais que incluem frequentemente a pena de morte não lhes deveria granjear um lugar de maior destaque no pódio do que o dado ao Brasil, que, apesar dos 132-gays-mortos/ano, número que empalideceria se contextualizado junto ao total anual de vítimas gays e não-gays de morte violenta (o que poderia sugerir, para o pesquisador não tendencioso, que a violência atinge democraticamente hetero e homossexuais brasileiros), ainda é o país onde mesmo o governador evangélico de um estado importante, por pressão da opinião pública, se vê obrigado a retratar-se após ter repudiado o homossexualismo como pecado?

Estas são algumas das perguntas não só não respondidas, mas sequer feitas. Por estas e outras razões, semelhante matéria ---pura propaganda, como se verá ---no site de "Educação", é nem digo mais um sintoma do estado da educação no momento, mas lhe cai como uma luva; a educação moderna não passa mesmo, afinal, de doutrinação e adestramento, e o leitor da matéria, se passou pela escola ou está nela, muito provavelmente já foi doutrinado no assunto e perguntas inconvenientes como essas não lhe afloram à mente. (É uma pena que os amestradores não sejam tão bem sucedidos no fazer seus alunos aprenderem tarefas simples como ler e escrever (2)...)

Mas vamos aos números ---o leitor que, malgrado seu, hesita em se deixar educar pelo antropólogo e pelo site, poderá, a essa altura, perguntar-se com propriedade se, caso alguém se dispusesse a arrolar dentre os casos de assassinato no país aqueles em que a vítima tem orelhas de abano, e se saísse com um número formidável como o encontrado por Mott para os gays, daí se poderia concluir que os orelhudos são uma minoria perseguida, que existem milícias e cultos e partidos políticos dedicados a seu extermínio, que não existem casos em que o fator orelha não tenha sido a causa do crime, e que é preciso, portanto, leis anti-discriminatórias para protegê-los, affirmative action, etc. O orelhudo, porém, tem a vantagem (ou desvantagem, se tomamos o ponto de vista dos hipotéticos militantes orelhudos) de não ser vítima fácil das estereotipizações ---o orelhudo não é, no imaginário popular, um avarento, um mocorongo nem nada do gênero, mas apenas isto: um orelhudo ---e, infelizmente, muitos sequer têm consciência de classe e submetem-se a cirurgias plásticas que os privam da sua peculiaridade, da sua singularidade, da sua identidade... (a primeira preocupação dos militantes orelhudos deverá ser, pois, conseguir que a Ordem dos Cirurgiões Plásticos do Brasil proscreva a assim-chamada "correção" de orelhas supostamente "de abano") Já os gays, muitas pessoas preconceituosas os julgam criaturas subjugadas e escravizadas pelas suas paixões mais baixas, e, por isto, põem fé no estereótipo de que todo crime onde haja um deles envolvido é "passional". O professor Mott desmente: "dos 132 casos de mortes violentas de homossexuais, apenas 8 crimes foram passionais e 5 ocorreram por motivos fúteis", diz ele. Quais serão, nosso leitor poderá se perguntar de novo, estes motivos que o antropólogo chama de "fúteis"? "Fútil" por que não rende mais tarde dividendos políticos para a classe e militantes, será isso?
 

Ana Paula Viana © 2008. Design By: SkinCorner